"A imobilidade das coisas que nos cercam talvez lhes seja imposta por nossa certeza de que essas coisas são elas mesmas e não outras, pela imobilidade de nosso pensamento perante elas."
Diferentemente do que diz a banda paulistana, creio que as flores de plástico estão mortas. Tudo o que forma a flor de plástico, bem como quase todo artefato artificial, um dia foi vivo.
O que outrora vivia, jaz em ornamentos, artesanatos, roupas, jóias etc...
Então, tudo estaria morto na era da reprodutibilidade-pós-fordismo?
A resposta a essa pergunta talvez demandaria muito mais reflexão, tempo e espaço do que caberia aqui.
De bate-e-pronto posso dizer que isso dependerá de quem a utiliza e manuseia.
Isso significa que podemos substituir todas nossas plantas por flores de plástico e todas nossas vestes por folhas de bananeira? NÃO! Isso seria uma inversão de valores totalmente descabida e faria com que o desequilíbrio ambiental aumentasse. Sem falar que não existe algo mais lindo que a flor natural e uma indumentária bem utilizada.
A flor... Olhá-la, contemplá-la e fazer junto com ela - mas com a devida proporção ou, em escala maior - o ciclo da vida.
Assim como Proust, vejo tudo rodando e se movimentando ao meu redor.
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