quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A VIDA

Muitas vezes paramos para observar nossa vida e num instante, de acordo com as experiências vividas, coisas que aprendemos, comparamo-nos a algo. Não obstantes, pensamos ser o excremento da mosca do cavalo do bandido... Já em outras ocasiões, acreditamos que somos um super herói (como se eles existissem). Então se percebe que tudo o que fazemos é idealizar. Idealizamos nossa vida e não realizamos e, de tanto idealizarmos, batemos com a cara no muro por não estar com os olhos abertos para a realidade. Não existe mulher ideal, não existe o homem ideal, não existe o emprego ideal, enfim, existe o real. Numa longa conversa Irmão Camilo (que muitas vezes perde toda a tarde de domingo conversando comigo) me falava que gostamos de nos sentir “o excremento da mosca do cavalo do bandido”. Gostamos de nos sentir “coitados”, que -a exemplo da personagem do filme “L’armata Brancaleone”- gostamos de repetir inúmeras vezes batendo no peito “mea culpa, mea culpa, mea culpa!”. A princípio discordei, mas depois cedi à idéia a princípio tão estapafúrdia de Irmão Camilo, que usou de um argumento que não tive como refutar: “Arlley, a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”. Ainda na questão das comparações, hoje vejo minha vida como se fosse um velho de 99 anos ou uma criança de 6 anos de idade, ambos são extremamente sozinhos porém curtem a vida ao máximo e cada um ao seu modo. A criança está por descobrir o mundo e ela e o mundo, como diz Nietzsche (também lembrado por Ir. Camilo), são uma coisa só, toda aquela coisa lúdica dela ser parte do mundo e o mundo ser parte dela. Já o velho de 99 anos já conhece muito coisa, já viveu muita coisa e é um ser totalmente separado do mundo e por mais que ao longo dos anos tenha feito amigos, constituído família, conquistado mulher, etc., ele já se sente “fora do mundo”. Portanto dois seres que não precisam de ninguém para viver, vivem só, embora acompanhados. E assim, seguiremos o conselho do Nosso Senhor (e do meu diretor também): andemos pelos prados e campinas e esperar o Senhor falar-me no coração... Arlley Parreira 09/2008

Eu Não Sou Igual

Poema que escrevi em 05/2004 para tentar explicar o ser inexplicável (o ser humano) Eu não sou igual Sou animal racional Unívoco desigual Muitas vezes irracional Contudo, não sou mau Dou valor ao sal Não sou o que fica na cal Nem curto “tititis” e coisa e tal Eles tendem para o mal Prefiro dizer tchau!