domingo, 1 de novembro de 2009

Túnel do Tempo - Back in the days

Não pude me conter! A muito venho ensaiando para escrever algo nesse blogue, mas agora não tive como evitar. Às vezes (quase sempre), falta tempo, outras, sobra timidez... Pois bem, quinta-feira estava saindo da missa do meio-dia da Igreja de Santa Cecília para almoçar com o Dr. Nuno, meu telefone celular toca: “Alô, Arlley? É o Otto! To em São Paulo...” Madonna Achiropita! Neste mesmo dia nos encontramos a noite. A princípio, foi um encontro formal e frio, mas depois do protocolar “e aí, tudo bem?” abraçamo-nos fortemente. Depois de tentarmos colocar o papo de dez anos e mais ou menos 600 km de distância em dia, fui ver nossa Mãezona a D. Marlene. Aí não agüentei... Quando Ottinho abriu a porta e disse “trouxe uma visita para te ver” desabei! Chorei, chorei e choro agora ao escrever isso, mas chorei de alegria e emoção, como o faço agora. Afinal dez anos não são dez dias! Como é bom ver que as pessoas com quem crescemos progrediram e estão muito bem na vida. Lógico que só pelo Dom da vida, já é estar bem, mas Mãezona e Ottinho estão muito bem! Vivendo próximo à praia D. Marlene tem uma vida saudável e Ottinho casou-se com Alicia (cunhada que ainda conhecerei - quem sabe em janeiro). Ottinho está um pouco mais sem cabelos, mas isso não é sinônimo de estar mal... Na sexta-feira nos encontramos novamente. Só o Otto para conseguir isso! Toda a galera da antiga: Arlley, Otto, Marsal e Leila e Paulo com seus respectivos Fernando e Fernanda. Foi uma viagem no tempo. Lembramos - e rimos - de muitas coisas. Comemos uma pizza na Bela Vista, tomamos uma cerveja e ficamos até a madrugada sentados a porta da antiga Papelaria da Rua Major Quedinho. Como dizia o antigo locutor da Radio Bandeirantes, “a vida é um eterno para frente e para o alto!” Hoje cada um tem sua profissão, família e respectivas responsabilidades, sendo essa última, a responsável pela dificuldade em nos encontrarmos, mesmo que esporadicamente. Saímos de lá com um propósito. O de nos encontrarmos ao menos uma vez por semestre e não foi promessa de cervejeiro! Arlley Parreira 10/2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cineclube e outras coisas

Ontém foi um dia muito especial... Saí com minha irmã Cristiana para tomar um café e conversar... Colocamos todos assuntos em pauta... Andamos pela Paulista em meio a chuva. Estávamos no hall do prédio dela terminando nossa conversa quando de repente chega Dom Ávila... Madonna Achiropita! Fico muito efusivo quando me encontro com Dom Ávila que carinhosamente chamo de Dom Abade e ele retribui o carinho chamando-me de Dom Prior. Falamos sobre o famigerado (entre os amigos) Cineclube. Uma frase que não poderia deixar de citar quando falávamos sobre a filosofia Dom Ávila me diz "a fiolosofia não é apenas uma abstração metafísica, ela entra na análise dos fatos e valores da existência". Então perguntei: "Alguém disse isso?" então ele "não, simplesmente surgiu agora..." e sorrimos... Dom Ávila me abriu a cabeça. Queria fazer um cineclube caseiro, algo para os amigos enquanto ele quer algo grande, com patrocínio, numa sala de mais ou menos 50 pessoas. Temos agora uma meta, escrever um projeto e falar com alguns amigos para viabilizar esse cineclube. Aguardem. Em breve mais informações sobre o cineclube, bem como data de estréia e local.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Não me contive... vejam isso:
Guerrilheiro armado com um caderno recheado de explosivo plástico se prepara para atirá-la nos PMs.

Guerrilheiro pesadamente armado com um caderno recheado de explosivo plástico se prepara para atirá-lo nos PMs.

http://hariprado.wordpress.com/2009/06/09/debelado-foco-guerrilheiro-na-usp/

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nossa vida é um eterno nadar contra a corrente...

Nossa vida é um eterno nadar contra a corrente... Neurologistas afirmam que o mais importante dos órgãos prefere a estagnação, por isso, quando queremos colocá-lo para funcionar ele responde negativamente. Quando queremos ler um livro (sobretudo para estudo), temos sono; quando queremos sair do sedentarismo e exercitar o corpo, este responde como se o tivéssemos agredindo, como se fôssemos loucos ao começar quaisquer atividades; o pior ocorre quando queremos parar um pouco para uma oração, aí a preguiça impera. Dráuzio Varela disse que querer ativar o cérebro é lutar contra si mesmo, que é praticamente loucura. Quer dizer que viveremos a vida inteira nessa insana luta contra o próprio ser? Machado disse que na luta entre a razão e a sandice, apesar da eterna insistência da sandice em querer “ficar mais um pouquinho”, a razão sempre vence. José Saramago diz que não é bom o homem conviver com seu senso comum, é perigoso. Então, como nos direcionar a respeito desse eterno combate interno do bem contra o mal, neste paradoxo constante? Certa vez conversava com meu padrinho e ele me dizia que nossa vida é uma escada rolante sempre andando para baixo e, se ficamos parados, ela tende a nos levar cada vez mais para o buraco. Só para variar, a princípio discordei, mas depois... concordei. Concordei por perceber que o mundo está em movimento e se pararmos ele nos atropela. Dois mil e oito foi assim. Quase me atropelou e me esmagou como o trator faz com o piche. Quis parar, desistir de tudo. Ia desistir do trabalho, de fazer mestrado, da vida. Pensei até em me tornar um eremita e ir para o deserto... O que me ajudou muito foi a direção espiritual, minha família (sempre presente) e meus amigos (a família que Deus me permitiu escolher). Felizmente, para nós Cristãos, existe outro fator: a Fé. Logo na introdução da Encíclica Fides et Ratio, o Papa João Paulo II disse que “fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, (...) possa chegar também à verdade plena sobre si próprio Portanto, apesar de “cabeças-duras” temos “corações-moles” e, se confiarmos em Deus em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis, pois se não fosse o encontro diário com Nosso Senhor, teria feito tudo aquilo que citei anteriormente. Mas Deus é Deus... Não é que colocou tudo no lugar? Deu-me uma família maravilhosa, os amigos certos no lugar certo, até arrumou uma especialista em coração para cuidar do meu, ainda por cima enfermeira... Graças a Deus não tenho só a razão e a sandice para pelejarem um espaço na minha vida ou senso comum para recusar-me a convivência. Tenho a Fé, que aliada a tudo isso me dá uma vida em plenitude. Arlley Parreira 02/2009

A vida II

Este texto foi escrito a muito (dez/2008), porém só agora o revisei e coloco-o aqui. Falar da vida, muita vez não é fácil, pelo menos não da nossa. Talvez, por isso, esteja na moda falar da vida alheia. Mas quem cria um blog o faz para falar de si, do mundo, da vida, então vamos lá, não é? Na última conversa com meu diretor, chegamos à conclusão que sou suscetível ao “jogo da sedução”. Como ele me disse “às vezes nem para ganhar ou perder, mas só por jogar”. A princípio achei meio estranho, mas depois comecei a pensar “É verdade, sou mesmo!” Então comecei a imaginar... Todos nós somos! A sedução está em todos os momentos da nossa vida. O problema é: Quando nos rendemos a ela. A ela ou a elas? A sedução, apesar de ser uma palavra num estrito sentido (geralmente correlacionada ao sexual), nos aparece de diversas formas. O homem (lê-se raça humana) é néscio por ignorar sua própria existência. Quer de qualquer maneira competir com o outro, quer ser melhor, quer, como dizia Nietzsche, por causa do ciúme e da inveja, “aparecer”. Mas não somos feitos para isso. Aqui já aparecem duas seduções: o ciúme e a inveja. Se olharmos no “Michaelis” o significado de ciúme está ligado diretamente a “competição no amor”, mas se Deus é “O Amor”, como pode haver competição n’Ele? A inveja segundo o “Houaiss” é o “lançar mal olhado a outrem”. Contudo, se somos cristãos, como fazemos isso, quando na verdade deveríamos ter desprendimento? Aliás, vemos diariamente nos noticiários a que conseqüências podem chegar o homem por causa desses sentimentos. Disse que somos constantemente seduzidos, pois somos mesmo! Somos seduzidos a manter nossa mente parada e não elaborar nada (coisa que os dignitários das nações amam! – tanto que não façamos como o “não fazer”), somos seduzidos a comer mais do que precisamos, a descansar mais do que necessitamos, enfim somos sempre seduzidos... A questão de ser seduzido é praxe para nós e sabemos disso, aliás, muita vez fingimos não saber e achamos que é conquista nossa algo que fazemos, mas na verdade nossa maior conquista foi lutar contra essa sedução a inércia, ao relaxamento, etc. Aqui entra o que eu falei sobre o “jogo da sedução”, às vezes nem para ganhar ou perder, só por jogar. O problema é que essa sedução muitas vezes é muito mais forte que nós! Quem nunca falou “vou dormir mais dez minutinhos” e acaba por dormir mais uma “horinha”? Quem, ao ver uma sobremesa super deliciosa e igualmente calórica, nunca falou “ah só mais um pedacinho” e comeu quase a sobremesa inteira? Muitas vezes preferimos nos narcotizar frente à Televisão (o maior ópio do mundo), ao invés de ler um livro. Quantas vezes por mês pegamos o Livro dos Livros para ler? Pelo hedonismo seguimos outra religião, a da academia. Quantas pessoas você conhece que não acorda cedo para ir à missa, mas o faz para ir à academia ou correr? Só pensamos em nós mesmos e não somos mais próximos dos nossos próximos. O egoísmo não nos deixa enxergar quantos Cristos estão a nossa volta, seja Ele no pobre, nos pequeninos, no encarcerado, no que sente fome e sede e, nem sequer olhamos nos olhos deles e dizemos um simples “oi, tudo bem com o senhor?”? É lógico que tudo isso tem lá o seu atrativo, como dizia Santo Agostinho “o poder de dominar e comandar tem sua sedução” Então, sigamos o doutor que renunciou a todas as seduções para tornar ao Senhor: “Ouve, Senhor, a minha prece, (...) em confessar os atos de misericórdia que me arrancaram de péssimos caminhos; para que sejas, para mim, mais atraente do que todas as seduções que eu seguia, e assim eu te ame imensamente e te segure a mão com todas as forças de minha alma, e me livres de toda a tentação até o fim.” (Santo Agostinho, Confissões) E façamos tudo isso de coração aberto para que passemos pela porta estreita e não ouvir do Senhor: “Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!” Arlley Parreira 12/2008

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Completo

Nesses pequenos versos tentei exprimir meus sentimentos de estar longe de uma mulher muito especial que está em Campinas Estou em SP Mas um pedaço de mim está em Campinas Talvez o coração Não! Não só o coração... Sinto-me incompleto Porém completo Existe alguém que me completa Existe alguém em que penso nela 24 horas por dia Quiçá ela esteja pensando em mim agora Depois E mais tarde... Assim estaremos sempre em sintonia. Não consigo não pensar Seus cabelos Seus lábios Seus olhos O penteado O sorriso O brilho Arlley Parreira 01/2009